Contrariando as perspectivas de jornalistas e analistas, Davos serviu para algo: a retomada das conversas na rodada de negociações da OMC. Muitos foram os diplomatas que disseram: "Voltaremos a discutir Doha".
Haverá consenso dessa vez? A resposta, independente de qual seja, afetará a vida de bilhões de pessoas e definirá o futuro da Organização Mundial do Comércio.
Não sei se otimismo é a palavra certa para o momento. Pascal Lamy, diretor geral da OMC, em entrevista ao New York Times, disse o que repete há um ano: "Os Americanos precisam reduzir os subsídios à agricultura, os Europeus tem de baixar as tarifas de grãos e os Brasileiros, abrir seus mercados, assim como os Indianos".
O que acontece se está última tentativa de Doha falhar? De início, demorará muito tempo para que tentem outro acordo global sobre comércio. Ou seja, a OMC terá um papel secundário, o de apenas resolver as disputas entre os membros, sobre os acordos já assinados. Será como a Corte de Arbitragem do Esporte, na Inglaterra. Você escutará falar dela toda vez que alguém não concorde com alguma coisa.
Não é uma perspectiva de retrocesso no processo de globalização, mas, um reforço para o regionalismo. Quem ganha com isso? Só o tempo dirá!
Aos amigos,
sons do silêncio,
Marcos André Ceciliano
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