quinta-feira, janeiro 18, 2007

Desculpe, procure outro banco!


John Donnelly, do jornal The Boston Globe, escreveu uma reportagem sobre o próximo passo na batalha contra o aquecimento global: derrotar poluidores através da restrição de crédito.

Ambientalistas querem que os bancos parem de financiar projetos que tenham como resultado a emissão de gases poluentes. Sem dúvida, uma exigência muito complicada.

Os projetos de energia, principalmente os que mais poluem, são muito rentáveis para essas instituições. Como o preço do petróleo e gás caíram, é de se esperar uma expansão nas plantas dos poluidores. Mas, é provável que alguns bancos adotem a medida. A razão, única provável, são os clientes.

O pressuposto da proposta é simples: os amigos da natureza colocarão seu dinheiro em um banco que não esteja financiando agressões ambientais. A questão principal é: Essa postura irá se difundir no setor? O mercado de crédito é amplo. Então, é provável que os bancos avaliem o impacto de tal medida em suas carteiras, para decidir se irão evitar os poluidores.

Entretanto, cortes de crédito nem sempre tem o efeito esperado, mesmo porque, existem outros meios para captação de recursos. As empresas ainda podem se financiar lançando debêntures no mercado. Mas, o importante é que os ambientalistas estão se utilizando de todas as formas para inibir a destruição dos recursos naturais. Qual o próximo passo? Impedir que imobiliárias vendam terrenos para poluidores?

Aos amigos,
o primeiro piloto negro da F1,

Marcos André Ceciliano

Um comentário:

Anônimo disse...

Infra-estrutura social e urbana terá R$ 170,8 bilhões em quatro anos

O Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), ao introduzir o conceito de infra-estrutura social e urbana, vai permitir uma ampliação expressiva do acesso da população à moradia, luz elétrica e saneamento básico. Entre 2007 e 2010, para este eixo do programa, serão aplicados R$ 170,8 bilhões, recursos públicos e privados que vão atender 22,5 milhões de domicílios  no caso do saneamento  e quatro milhões de famílias com habitação.

A maior parte desses investimentos - R$ 106,6 bilhões - irá para a construção de casas, compra de terrenos, reforma de imóveis, aquisição de material de construção e urbanização de favelas e assentamentos. Mais da metade desse valor  R$ 55,9 bilhões  será destinada para famílias que recebem até cinco salários mínimos, faixa de renda na qual estão concentrados 93% do déficit habitacional do País, estimado em 7,9 milhões de moradias.

Outros R$ 40 bilhões serão repassados para obras de saneamento. A distribuição dos investimentos será feita conforme as necessidades de cada região, com a previsão de 52% do total para os grandes centros urbanos ou cidades com mais de um milhão de habitantes, onde a carência dos serviços é maior. Já para municípios com população de até 60 mil pessoas serão destinados 21% dos recursos; 16% irão para cidades de 60 a 200 mil habitantes e 12% para metrópoles com até um milhão de pessoas.

O ministro das Cidades, Márcio Fortes, destaca que R$ 8 bilhões dos investimentos em saneamento estão incluídos no Projeto Piloto de Investimentos (PPI) e essa quantia será aplicada, principalmente, em ações em favelas e palafitas. O PAC prevê elevar de 82,3% para 86% os domicílios com água tratada e de 48,2% para 55% as moradias atendidas com tratamento de esgoto. Além de investimentos em água e esgoto, os recursos em saneamento serão repassados também para drenagem urbana e destinação adequada do lixo.

Metrô  Os investimentos na infra-estrutura social e urbana também englobam R$ 3,1 bilhões para a modernização e ampliação do metrô de Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte e São Paulo. Com esses recursos a expectativa do governo é atender 609 milhões de novos passageiros por ano, nessas localidades.

Em Fortaleza, os repasses serão utilizados para a conclusão da linha Sul e melhoramento e recuperação da linha Oeste; em Recife será feita recuperação duplicação e conclusão das linhas Sul e Centro; em Salvador será realizada a recuperação e conclusão das linhas Calçada-Paripe e Lapa-Pirajá; em Belo Horizonte haverá conclusão da sinalização, modernização da frota e implantação de plataforma ferroviária nas linha I e II. Além disso, em São Paulo, parte dos recursos é reservada para a conclusão do trecho Parque D. Pedro  Cidade Tiradentes, do Corredor Expresso de Transporte Coletivo Urbano.

Outra área contemplada pelo PAC é a de infra-estrutura hídrica. Serão investidos, em quatro anos, R$ 12,6 bilhões na revitalização das Bacias do São Francisco e Parnaíba, na integração da Bacia do São Francisco, em projetos de irrigação e em sistemas de abastecimento de água.

Universalização da energia elétrica

Para universalizar o fornecimento de energia elétrica, o Programa de Aceleração do Crescimento prevê aplicar R$ 8,7 bilhões no Programa Luz para Todos. Até 2010, cinco milhões de pessoas do meio rural serão atendidas com ligação de luz elétrica. Até o ano passado, o Luz para Todos já beneficiou cinco milhões de pessoas com um milhão de ligações.

Esse programa, que está sob a coordenação do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Eletrobrás, já permitiu a criação de 150 mil empregos e a instalação de mais de dois milhões de postes. O Luz para Todos é uma parceria entre o governo federal, governos estaduais, concessionárias de energia elétrica e cooperativas de eletrificação rural que irá atender a 10 milhões de pessoas até 2008.

A ação prioriza a contratação de mão-de-obra local e a compra de materiais e equipamentos nacionais fabricados, quando possível, em áreas próximas às localidades atendidas. Esse é o primeiro programa de eletrificação rural que leva a energia elétrica, gratuitamente, para dentro das casas das pessoas, principalmente, para aquelas famílias em condições sociais mais desfavoráveis.