terça-feira, janeiro 30, 2007

Davos: ponte para Doha

Contrariando as perspectivas de jornalistas e analistas, Davos serviu para algo: a retomada das conversas na rodada de negociações da OMC. Muitos foram os diplomatas que disseram: "Voltaremos a discutir Doha".

Haverá consenso dessa vez? A resposta, independente de qual seja, afetará a vida de bilhões de pessoas e definirá o futuro da Organização Mundial do Comércio.

Não sei se otimismo é a palavra certa para o momento. Pascal Lamy, diretor geral da OMC, em entrevista ao New York Times, disse o que repete há um ano: "Os Americanos precisam reduzir os subsídios à agricultura, os Europeus tem de baixar as tarifas de grãos e os Brasileiros, abrir seus mercados, assim como os Indianos".

O que acontece se está última tentativa de Doha falhar? De início, demorará muito tempo para que tentem outro acordo global sobre comércio. Ou seja, a OMC terá um papel secundário, o de apenas resolver as disputas entre os membros, sobre os acordos já assinados. Será como a Corte de Arbitragem do Esporte, na Inglaterra. Você escutará falar dela toda vez que alguém não concorde com alguma coisa.

Não é uma perspectiva de retrocesso no processo de globalização, mas, um reforço para o regionalismo. Quem ganha com isso? Só o tempo dirá!

Aos amigos,
sons do silêncio,

Marcos André Ceciliano

domingo, janeiro 28, 2007

Quem precisa do petróleo?

Muitos governantes, incluindo a Primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, comentaram o discurso do Presidente George W. Bush sobre a meta de cortar o consumo de gasolina nos EUA em 20%, nos próximos 10 anos. É uma notícia importante, mas, encontrei um tópico mais provocante para meu post sobre energia.

Acho que veremos mais artigos como o de Eric Sylvers, sobre a novidade Italiana: um terminal offshore para receber gás natural importado, através do oceano. Muitos países da Europa estão estudando mudanças em suas matrizes energéticas. Mesmo porque, a maioria tem reservas de petróleo e gás escassas.

A União Européia está decidida a concentrar esforços para desenvolver novas fontes de energia. A Itália saiu na frente, mas, com uma medida de precaução. Decidiu investir em facilidades para receber energia importada de diferentes países.

A idéia é reduzir os riscos de se fazer negócios com um único fornecedor, diversificando o portfólio de importação. Uma medida importante para evitar problemas de oferta, como os da Russia na questão do gás. Segundo o governo Italiano, o melhor do projeto é que a planta está sendo paga pelos ofertadores.

O Qatar, potencial exportador, tem um interesse especial no projeto. Mesmo porque, os terminais são uma alternativa temporária, serão utilizados até que novas fontes de energia sejam desenvolvidas.

Aos amigos,
Fellini sobre Fellini,

Marcos André Ceciliano

sábado, janeiro 27, 2007

A fera venceu a bela!

Contrariando todas as expectativas, Maria Sharapova foi derrotada na final do Australian Open. A americana Serena Williams conquistou o título do Grand Slam com parcias de 6-1 6-2. Se estou decepcionado? Um pouco!

Serena manteve uma postura agressiva desde o primeiro ponto. Sacou muito bem, subiu à rede na hora certa e devolveu winners com perfeição. Sharapova estava apática, parecia não acreditar no que estava acontecendo.

O que se viu no segundo set foi uma aula de tennis. Serena estava imbatível! Sem dúvida, está de volta ao circuito.



No masculino, sobrevive a esperança de que o chileno Fernando Gonzalez derrote o suíço Roger Federer na final. Seria um ótimo começo de temporada: um título de Grand Slam nas mãos de um Sul Americano. Quando foi a última vez? Ah sim, Guga em Roland Garros.

Aos amigos,
o especial do Tom,

Marcos André Ceciliano

Viva Ennio Morricone!

Comentário rápido: Ontem, escutei um certo José Serra fazer duras críticas ao PAC do governo Lula. Achei que fosse piada! Poderia escrever muitas páginas explicando os benefícios do plano, mas, não o farei. Serra não deve ser levado a sério, é bobinho, como Mainardi.

Bom, o título do post fala sobre um grande Italiano, o maestro Ennio Morricone. Responsável por óperas e trilhas sonoras de mais de 400 filmes. Segue abaixo uma de suas obras memoráveis:



Como alguns devem ter percebido, é a trilha sonora de Cinema Paradiso, um dos filmes mais aclamados da história do cinema. O vídeo acima é parte do álbum Arena Concerto, gravado em Verona, em 28/09/2002.

Além de trilhas para filmes, Ennio também atua em salas de concerto. Suas mais de 50 composições clássicas incluem trabalhos para conjuntos de câmara, orquestra sinfônica, voz solo e coral.

Morricone é uma lenda! Não apenas um excelente compositor, mas, também, um maestro talentoso. Em 2006, a academia decidiu homenageá-lo com um Oscar pela carreira. Nada mais justo!

Aos amigos,
a fontana di Trevi,

Marcos André Ceciliano

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Enquanto isso, em Davos...

Sim, estou falando do World Economic Forum, que está acontecendo na Suíça. A proposta do evento é a seguinte: Políticos importantes, executivos renomados e jornalistas se encontram para uma semana exaustiva de discussões sobre política econômica no setor público e privado.

Entretanto, poucos são os discursos que serão lembrados como importantes. A maioria em Davos está festejando ou se encontrando a portas fechadas. Cheio de VIP's e áreas restritas, a impressão que fica é a de que o Forum se tornou um encontro anual de luxo, como o Oscar.

Então, por que o resto de nós se importaria? Sinceramente, não encontro a resposta. Sempre há uma publicidade impactante na divulgação do forum, mas, nem sempre a imprensa consegue ter acesso aos astros do evento. São poucos os que se dispõe a dar entrevistas.

Quando algo importante aconteceu por lá? Todas as mudanças relevantes são resultados de reuniões fechadas e nunca se tornam públicas durante o forum. Só serão notícia quando da sua aplicação. A verdade, é que não lembro de uma única mudança na política economica mundial ou na estratégia de uma grande empresa que tenha sido anunciada durante o evento.

Então, fica a pergunta: Por que tanto barulho por Davos?

Aos amigos,
parcerias com amigas das amigas,

Marcos André Ceciliano

domingo, janeiro 21, 2007

Norah Jones não é romântica!

O caderno musical do The New York Times desse domingo presenteou seus leitores com uma entrevista inusitada. Como diz o título da reportagem, a cantora e compositora Norah Jones conta tudo "com suas próprias palavras".

Ela mora em New York, com seu namorado, Lee Alexander, em um loft no lower East Side. Eles se conheceram há 6 anos, quando ela era garçonete no Washington Square hotel.

Seu novo disco, "Not too late", será lançado ainda esse mês na América do Norte. O álbum foi gravado no estúdio que tem em casa, um local aconchegante com várias guitarras, dois elegantes pianos antigos e alguns teclados.

Norah trocou os estádios lotados, arenas com mais de 4 mil pessoas, pelo circuito de clubes de New York. Sim, ela canta em bares e karaokes da Big Apple, além de participar de três bandas de Jazz. Talvez, esse seja o segredo para sua criatividade musical: a simplicidade.

Há muito não estampa as páginas dos tablóides, que parecem ignorá-la. Segundo ela, não é interessante para tanto. Sobre as prováveis manchetes sobre sua vida, disse: "Ok! Ela vive um relacionamento estável, não usa drogas. Ela usa roupas, ela usa calcinha". Essa última frase foi uma crítica a Britney Spears, que conseguiu uma publicidade absurda depois que começou a frequentar boates sem a roupa de baixo.

Sobre o estereótipo em que a enquadraram, Norah fala: “Esperam que eu seja muito frágil, muito romântica, muito melancólica, e não sou nada disso. Então, é engraçado. Eu não sei de onde esse meu lado veio, quieto, simplista, todas essas coisas. É muito de mim, mas, não estou certa de onde veio.”

Ela promete inovar no novo álbum, abandonar as baladas românticas e imprimir um tom mais alternativo: “No primeiro disco mostrei apenas uma parte de mim”. E completou: “Então, andei pensando se deveria esconder o resto por estar com medo de algo? Não. Decidi ser eu mesma”.

Tudo bem que Norah queira se aventurar por outros estilos, mas, será impossível esquecer de suas baladas românticas ao piano, como a do vídeo abaixo:



Poucas faixas de seus dois primeiros discos são de sua autoria. A música que lhe garantiu o Grammy, "Don't know why", foi escrita por Jesse Harris, integrante da sua banda de estúdio.

Entretanto, no novo álbum só existem composições suas. E sobre sua poesia, ela disse: "Se as pessoas gostam da música, ótimo. Se não gostam, e acham chata, tudo bem. Eles não entenderam. Mas, não importa se estou sendo completamente incompreendida. Porque, provavelmente serei. E não conseguirei agradar a todos, então, não tento fazê-lo."

Independente do estilo, Norah Jones é uma intérprete espetacular, com uma voz incrível. Certas vezes, ao escutá-la, chego a pensar que ressuscitaram Aretha Franklin.

Aos amigos,
Hillary Clinton presidente,

Marcos André Ceciliano

Tennis espetacular!

Há muito o circuito de tennis não me empolgava tanto. Não queria ser saudosista, mas, a circunstância é propícia. Sou de uma geração que assistiu partidas incríveis de gênios como Sampras, Agassi, Kafelnikov, Corretja e Guga. Infelizmente, os 4 primeiros se aposentaram e o herói brasileiro não consegue retornar ao circuito.

Guga tentou um wild card para o Australian Open, mas, a ATP negou. Por enquanto, só existem challengers em sua agenda. É pouco provável que participe de algum Masters Series até Julho.

Quanto aos tenistas do passado, digo que adoraria ter assistido partidas de Connors, Courier, McEnroe, Lendl e Borg. Atualmente, Connors é técnico de Andy Roddick, Courier e McEnroe são comentaristas da ESPN, e não tenho notícias de Lendl e Borg.

Preciso confessar que tenho um preconceito para com os novos tenistas. É difícil aceitar Federer, Nadal, Roddick, Blake, Djokovic, entre outros. São mecânicos demais, não há paixão pelo esporte. Os únicos que restaram da geração anterior foram Hewitt, Safin, Gasquet, Ferrero e Grosjean. Felizmente, a maioria continua jogando um belo tennis.

Hewitt foi eliminado em uma partida espetacular contra Fernando González, na terceira rodada do torneio. Em sua press conference, reclamou mais uma vez do piso emborrachado de Melbourne, alegando que as bolas ficam muito lentas. Marat Safin foi eliminado pelo norte-americano Andy Roddick, também na terceira rodada. Esta foi, sem dúvida, a partida mais impressionante do torneio até agora, o placar foi apertadíssimo: 7(7)-6(2) 2-6 6-4 7(7)-6(2).

Roddick é favorito ao título? Eu diria que é o segundo na lista. Federer ainda não enfrentou um adversário a altura, por isso, não podemos avaliar suas condições de jogo esse ano. Mas, enfrentará a maior supresa do torneio na próxima rodada, Novak Djokovic. O sérvio derrotou Nicolas Massu, Feliciano Lopez e Danai Udomchocke e promete dar muito trabalho ao suíço.

Já que o assunto do post é tennis, resolvi postar um vídeo espetacular do Masters Cup de Lisboa de 2000.



Lembro dessa partida como se fosse hoje, era a semi-final do torneio. Guga nunca havia derrotado Sampras, e a imprensa americana fazia pouco do brasileiro. O slice junto a rede é o ponto mais bonito da partida.

No dia seguinte, Guga enfrentou André Agassi, pela final do torneio. Foi uma partida memorável. Com a vitória, o brasileiro chegou ao topo do ranking da ATP.

Aos amigos,
a MP4-22,

Marcos André Ceciliano

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Desculpe, procure outro banco!


John Donnelly, do jornal The Boston Globe, escreveu uma reportagem sobre o próximo passo na batalha contra o aquecimento global: derrotar poluidores através da restrição de crédito.

Ambientalistas querem que os bancos parem de financiar projetos que tenham como resultado a emissão de gases poluentes. Sem dúvida, uma exigência muito complicada.

Os projetos de energia, principalmente os que mais poluem, são muito rentáveis para essas instituições. Como o preço do petróleo e gás caíram, é de se esperar uma expansão nas plantas dos poluidores. Mas, é provável que alguns bancos adotem a medida. A razão, única provável, são os clientes.

O pressuposto da proposta é simples: os amigos da natureza colocarão seu dinheiro em um banco que não esteja financiando agressões ambientais. A questão principal é: Essa postura irá se difundir no setor? O mercado de crédito é amplo. Então, é provável que os bancos avaliem o impacto de tal medida em suas carteiras, para decidir se irão evitar os poluidores.

Entretanto, cortes de crédito nem sempre tem o efeito esperado, mesmo porque, existem outros meios para captação de recursos. As empresas ainda podem se financiar lançando debêntures no mercado. Mas, o importante é que os ambientalistas estão se utilizando de todas as formas para inibir a destruição dos recursos naturais. Qual o próximo passo? Impedir que imobiliárias vendam terrenos para poluidores?

Aos amigos,
o primeiro piloto negro da F1,

Marcos André Ceciliano

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Press Conference de Sharapova

Como acontece em todo torneio Grand Slam, após a partida, os jogadores respondem perguntas na sala de imprensa. Eis aqui o Press conference de Maria Sharapova, após a vitória sobre a francesa Camille Pin.



A humildade da russa é formidável, as respostas são cautelosas e respeitáveis. Não há nenhuma presunção por parte da jogadora, apesar de ser a cabeça de chave nº1 do torneio, o que a torna favorita ao título.

Antes que me perguntem, irei explicar: no ranking da WTA, Sharapova é a nº2 do mundo, a francesa Justine Henin-Hardenne é a nº1. Entretanto, Henin-Hardenne decidiu não participar do Australian Open, alegando problemas pessoais. O que fez com que Maria Sharapova se tornasse a cabeça de chave nº1.

A próxima partida de Sharapova acontecerá hoje, contra a também russa Anastassia Rodionova, nº 100 do mundo. O melhor resultado de Radionova em um Grand Slam foi a terceira rodada do US Open, no ano passado. Então, é provável que Sharapova a derrote com facilidade. Vamos aguardar.

Aos amigos,
o sorriso de Maria,

Marcos André Ceciliano

Shanghai ou Hong Kong?

O Herald Tribune de ontem, na coluna de Keith Bradsher e David Barboza, discutiu qual cidade será o centro financeiro da Asia no futuro. A história tem um apelo de século 21, porque, não é apenas um jogo ambicioso de cidades disputando empregos. Alguns participantes estão com medo de que a demora faça com que muitos negócios migrem para outros centros financeiros no mundo.

Para alguns tipos de transações, não há substituto imediato. Mesmo porque, os grandes bancos do oeste ainda são muito significativos no leste da Asia. Como as oportunidades crescem na região, abandoná-las seria tolice. Mas, muitos negócios, como a administração de derivativos e outras formas de estrutura financeira, poderiam ser substituídos imediatamente.

Este é um assunto que há muito me interessa, e as questões se fazem pertinentes a outras regiões. Será Dubai ou Manama que substituirá Beirut? São Paulo vai superar os problemas de segurança e se tornar a metrópole da America do Sul, ou o fará a moderna Santiago? A Asia Central surgirá com um centro financeiro próprio ou continuará utilizando a estrutura do leste Europeu? Todas essas regiões são dependentes? Só o tempo dirá.

Aos amigos,
a MP4-22 da McLaren,

Marcos André Ceciliano

terça-feira, janeiro 16, 2007

Maria Sharapova, please send me a letter

Acabo de assistir uma das partidas mais emociantes de uma primeira rodada de Grand Slam. A russa Maria Sharapova, nº 2 no ranking da WTA, acaba de derrotar a francesa Camille Pin, com um placar apertadíssimo.

Maria começou a partida com uma superioridade indiscutível, mas, o sétimo game do primeiro set mostrou o que estava por vir: o ponto não saía de deuce e as jogadoras se alternavam em "advantages" que nunca terminavam.

Camille possui um péssimo saque, muito lento. Mas, o que lhe falta em força, sobra em inteligência. Ela soube aproveitar os golpes e o nervosismo da adversária quando teve chance.

A russa parece ter sentido o peso da estréia. E o que se viu no segundo set foi uma sucessão de erros não-forçados, 14 no total. Então, a francesa aproveitou o momento para vencê-lo, com parcial de 6-4.

No terceiro, Sharapova parecia ter se encontrado. Chegou a fazer 5-0. Mas, de uma forma surpreendente, a francesa se recuperou e chegou a 7-6, com uma quebra acima. Para delírio da torcida, Maria quebrou o saque de Camille e venceu os outros dois games, fechando a partida com parcial de 9-7.

Sharapova estava linda, como de costume. Acertou no bronzeado e no vestido. Para surpresa dos fãs, não gritou durante os pontos. Apenas nos dois últimos games do último set. Foi uma guerreira, mesmo quando não tinha mais forças para sacar. Não há dúvidas, superou mais uma vez o estigma da beleza, que há muito lhe persegue.

Aos amigos,
as coxas de Sharapova,

Marcos André Ceciliano

segunda-feira, janeiro 15, 2007

O primeiro Grand Slam do ano

Há muito não escrevo, andei ocupado. Felizmente, volto a fazê-lo com um assunto que muito me agrada: tennis.

Começou hoje o primeiro grande torneio do ano, o Australian Open. O torneio que reune os melhores tenistas do mundo em Melbourne é o menos glamouroso dos 4 Grand Slams do esporte. Embora, a cidade-sede seja considerada um marco de sofisticação.

As partidas de hoje revelaram poucas surpresas. Tenistas como Roger Federer, Tommy Robredo, Richard Gasguet e Andy Roddick derrotaram facilmente seus adversários. Destaco a boa forma do americano, que venceu Federer no torneio exibição da semana passada. Roddick, campeão do US Open em 2003 e finalista em 2005, é forte candidato ao título.

Jonas Bjorkman, Thomas Johansson e Marat Safin precisaram de 5 sets para vencer, mas não foram partidas difíceis. Guillermo Garcia-Lopez e Juan Carlos Ferrero contaram com a sorte, já que seus adversários sofreram contusões ainda no primeiro set.

A partida mais disputada foi protagonizada por Gael Monfils da França e Daniele Bracciali da Itália. Foram 4 sets com 3 tie-brakes. Monfils levou a melhor, o placar final foi 7(7)-6(2) 6(9)-7(11) 6-4 7(7)-6(5). Sem dúvida a melhor partida do primeiro dia do torneio.

Surpresas? Sim, mas poucas. A vitória folgada de Mardy Fish sobre Ljubicic foi a maior. Em sua entrevista após o jogo, Ljubicic reclamou do calendário 2007. Outra surpresa foi a inesperada derrota de Srichaphan para o israelense Dudi Sela. Entretanto, a sorte de Sela termina na próxima fase, já que vai enfrentar o russo Marat Safin.

Não existem brasileiros no torneio. Saretta e André Sá não entraram por falta de ranking. Rogério Dutra Silva, André Ghem e Thiago Alves foram eliminados na primeira fase do Qualify. Julio Silva foi até a última etapa, mas, infelizmente, foi derrotado por Alex Kuznetsov.

Não assisti muitos jogos do feminino. Na verdade, apenas um: a vitória de Serena Williams sobre a italiana Mara Santangelo. O jogo foi morno, Williams está acima do peso, não tem futuro no torneio. Venceu porque Santangelo errou muito, principalmente no saque. Além de possuir um backhand muito fraco.

Mas, a partida mais esperada do dia ainda não aconteceu. É a da musa do tennis, Maria Sharapova, vencedora de Wimbledon em 2005 e do US Open no ano passado. Ela enfrentará Camille Pin da França, às 22:00h. Assim que terminar a partida, prometo um post com os detalhes.

Aos amigos,
explode coração,

Marcos André Ceciliano

segunda-feira, janeiro 01, 2007

Protecionismo Americano

Confome noticiado hoje pelo Herald Tribune, o Ministério dos Transportes dos EUA rejeitou a nova empresa aérea de Richard Branson's, a Virgin America. Esta seria a última participante do pouco concorrido mercado de vôos de baixo-custo americano. O ministério alegou que a empresa não cumpriu a medida regulatória que diz que 75% porcento do controle acionário tem de ser americano. A questão principal é: Quem se beneficia com essa regra?

Os consumidores com certeza não. Uma das rotas mais populares, New York-San Francisco, tem uma disparidade de preços absurda. O governo argumenta que há uma medida de segurança na restrição: controlar o acesso do céu em caso de guerra. Mas, o pressuposto é falho quando, por exemplo, pensamos no Reino Unido. Se a segurança fosse o único problema, deveria existir uma lista de países aptos a participar das companhias. E o Reino Unido deveria estar no topo.

A verdade é que esse tipo de protecionismo não é recente. Os EUA controlam e restringem o mercado interno de serviços há anos. Países como China, India e Brasil são os mais prejudicados. Entretanto, nessas economias, a restrição de propriedade é de apenas 51%.

Se as empresas aéreas americanas não sobreviverem à competição estrangeira, então, talvez mereçam ser substituídas. A maior potência capitalista do mundo deveria entender que o protecinismo desmedido apenas destrói a eficiência econômica.