sábado, julho 28, 2007

Pior semana de Wall Street em 5 anos...

Sexta-feira foi um dia negro para Wall Street, muitas ações caíram abruptamente. O desastre parecia anunciado desde quinta, quando o mercado foi notificado sobre as baixas projeções de crescimento da economia americana.

Foi a pior semana do mercado financeiro americano nos últimos 5 anos. O índice Standard & Poor’s amargou perda de 5%, logo após muitos investidores realizarem lucros na última hora de pregão.
O índice Dow Jones recuou 208,10 pontos ontem e 311,50 pontos na quinta. O acumulado de perdas na semana foi de 4,23%.

O mercado de ações tem se tornado muito volátil nos últimos meses por conta da retração do mercado imobiliário e problemas no mercado de crédito. Ao mesmo tempo em que China, Índia e Europa estão mantendo a economia mundial aquecida.

"A economia ainda é forte, a taxa de desemprego é baixa e o resto do mundo está em boom", disse Liz Ann Sonders, estrategista chefe de investimentos da Charles Schwab. “Mas, existem deficiências aqui e elas parecem estar ganhando a atenção do mercado, mais do que as componentes importantes. Esperamos que essa percepção mude.”

Ainda ontem, o presidente Bush e quatro de seus melhores economistas tentaram desmistificar o alarde causado pelo mercado. Eles citaram o relatório do Dep. de Comércio que demonstrava que a economia se recuperou nos três meses que terminaram em junho, com crescimento de 3,4%.

“O mundo é forte, a economia do mundo é forte. Acredito que uma das razões para isso é que ainda somos fortes.”, disse o presidente Bush.
No início do dia, os mercados ensaiaram uma recuperação. No entanto, investidores discordavam do último relatório econômico e das palavras do governo.

O preço do barril de petróleo fechou em $77,02, pouco abaixo de seu recorde. As notas do tesouro sofreram pouca alteração, enquanto a yeld dos títulos continuaram a cair. O mercado asiático teve um dos piores dias do ano, com queda de 2,4% no índice. A única exceção foi a China, que tem mercado misto.

Tive a oportunidade de ler o relatório do departamento de comércio. Resumidamente, mostra que os gastos do governo e as exportações foram o carro-chefe do segundo trimestre. Também aponta que a preocupação de alguns economistas com os gastos em consumo diminuíram de forma significativa, para 1,3% no segundo trimestre. O índice havia registrado 3,7% no primeiro.

Mas, a preocupação dos investidores tem duas componentes principais: a taxa de juros e a dificuldade de consumidores e empresas em conseguir empréstimos.

Tobias M. Levkovich, estrategista do Citigroup, disse que os investidores da bolsa ficaram assustados com as mudanças no mercado de crédito, ignorando até mesmo outros fatores que costumam determinar o preço das ações, como o lucro das empresas.

No mercado de ações, os setores de tecnologia da informação, energia e saúde tiveram as maiores quedas. Levkovich acha que as vendas na última hora de pregão foram um ato de realização de lucros e lembrou que o setor de energia acumulava alta de 19% no ano.
Os investidores devem ter pensado "fiz dinheiro aqui e quero manter meus ganhos", disse Levkovich.

Aos amigos,
Good Will hunting,

Marcos André Ceciliano

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