No dia 20 de janeiro de 2009, quando Barack Obama assumir o governo americano, encontrará a pior situação econômica daquela nação desde a segunda guerra mundial. Nos últimos meses, as projeções dos principais índices macroeconômicos foram revisadas drasticamente, para baixo.
Muitos economistas acreditam que a taxa de desemprego possa atingir a marca de 10% no próximo ano; também estimam que a economia perca US$ 1 trilhão de sua capacidade total, o que significaria uma perda de US$ 12 mil na renda da família média americana.
Apesar das projeções assustadoras, a equipe de Obama ainda acredita no potencial de crescimento da economia no longo prazo. Segundo Summers, planejam investimentos estratégicos em saúde, educação e infraestrutura. Por conseguinte, esperam obter um ótimo retorno social, que minimizaria o efeito da perda de renda.
Existe uma dualidade interessante aqui. As decisões econômicas devem contemplar dois cenários para serem realmente eficazes: a criação dos empregos que os americanos precisam e o estabelecimento de um macroregulatório sustentável. Caso contrário, serão perigosamente deficientes.
A equipe econômica de Barack Obama já mostrou comprometimento para com essas condições. Essa é a justificativa para a instituição do "American Recovery and Reinvestment plan", que objetiva a criação de empregos e a garantia da saúde financeira no longo prazo.
As metas de criação de empregos já foram revisadas duas vezes. Agora, a equipe do novo presidente estima 3 milhões de novos empregos. Segundo Summers, mais de 80% destes seriam criados no setor privado. Daí, chegamos a uma interessante constatação: o plano de Obama não apresenta a criação de novos empregos públicos, apenas investimentos para o povo americano.
Recursos que serão transformados em novas salas de aula, laboratórios e bibliotecas para as crianças; que reduzirão a dependência americana frente ao petróleo, no incentivo de energias alternativas; e que colocarão milhares de americanos trabalhando na renovação de estradas, pontes e sistemas públicos de trânsito.
Alguns amigos economistas acreditam que para conseguir crescimento sustentável no longo prazo, o governo Obama deveria apenas preocupar-se em aumentar o consumo. No entanto, transformar o caos atual em uma questão tão simplista, seria, indubitavelmente, uma desculpa para permitir o esmagamento da classe média americana. Algo que o novo presidente americano parece não aceitar!
Aos amigos,
um feliz ano novo,
Marcos André Ceciliano
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