Há algo muito sério acontecendo na economia mundial: o dólar caiu, os preços do petróleo aumentaram e os investidores estrangeiros regulares estão abandonando o mercado de ativos dos EUA. O mais importante é que há uma familiaridade histórica nisso tudo. O mesmo aconteceu nos anos 70, com os petrodólares, e novamente nos anos 80, com a desvalorização do câmbio americano. Existe alguma razão para nos preocuparmos?
Para os mercados, a maior preocupação é a perda de interesse nos ativos americanos. Os Estados Unidos são tão dependentes de capital estrangeiro que, se esses investidores decidirem abandonar o mercado rapidamente, acontecerá um crunch de crédito. Exatamente como no caso subprime. Se eles estiverem comprando muitos ativos americanos, isso não acontecerá.
Para esses investidores "saudáveis", sejam eles os sheiks do petróleo ou os Bancos Centrais da Asia, os Estados Unidos estão a venda. As pessoas compram mercadorias em promoção porque os preços estão muito baixos, mas só o fazem porque esperam que eles subam futuramente.
Quanto mais tempo durar as vendas, menor será a demanda ao longo do tempo. Existe uma teoria econômica profética hoje, a de que as expectativas a longo prazo para a economia americana estão incorretas. Então, ninguém sabe exatamente quando ou como essa venda irá cessar. Mas, parece que poucas pessoas tem certeza de que isso irá acontecer.
Aos amigos,
o mestre Cartola,
Marcos André Ceciliano
sexta-feira, setembro 21, 2007
terça-feira, setembro 18, 2007
Cacciola e o banco Marka...
A prisão do banqueiro Salvatore Cacciola despertou a curiosidade de muitas pessoas que não estão familiarizadas com os bastidores do mercado financeiro. Para facilitar, resolvi fazer um resumo do famoso “caso Marka”.
A economia brasileira enfrentou uma crise em agosto de 1998, quando os problemas financeiros da Rússia abalaram os mercados emergentes. Muitos banqueiros do Rio de Janeiro trabalhavam com informações privilegiadas nessa época, um deles era Salvatore Cacciola, dono do banco Marka.
Entretanto, o banqueiro desconfiou que seus informantes no BC não contavam tudo o que sabiam. Muito esperto, Cacciola preparou uma armadilha: chamou Luiz Augusto Bragança para uma conversa e ofereceu um serviço de varredura em seus telefones, para saber se estavam grampeados. Bragança que era amigo de Francisco Lopes, presidente do Banco Central na época, não percebeu a malícia e entregou todos os números.
Cacciola grampeou toda a lista e passou a acompanhar as conversas. Descobriu que os informantes privilegiavam o banqueiro André Esteves, do Banco Pactual, e repassavam estratégias a outros dois bancos cariocas.
Em 13 de janeiro de 1999, ocorreu uma maxidesvalorização do real em relação ao dólar. Foi um dia negro para o banco Marka, pois este havia apostado na manutenção da paridade.
O banco ficou insolvente. Havia comprometido vinte vezes seu patrimônio líquido em contratos no mercado futuro de dólar. Cacciola aproveitou o momento e pediu ajuda ao Banco Central, usando de sua influência junto a Luiz Bragança. Disse que se a ajuda não fosse autorizada, divulgaria as fitas do esquema de vazamento.
Assim, a diretoria do BC decidiu realizar a operação. O banco Marka adquiriu dólares das reservas oficiais a preços inferiores aos do mercado. Com isso, os cofres públicos tiveram um prejuízo de 1,5 bilhão. A decisão foi questionada pelos outros bancos e uma CPI foi aberta para apurar o caso.
A CPI dos bancos, como foi chamada, acusou Cacciola de tráfico de influência e crime de gestão temerária. Além da indicação de que não houve cooperação por parte do banqueiro para com as investigações.
Em junho de 2000, Cacciola foi preso pela Polícia Federal. Ficou na cadeia durante 37 dias. Saiu graças a um habeas corpus do ministro Marco Aurélio de Mello. O banqueiro aproveitou a oportunidade e fugiu para a Itália. Nunca mais retornou ao Brasil.
Aos amigos,
a princesa Charlotte de Mônaco,
Marcos André Ceciliano
A economia brasileira enfrentou uma crise em agosto de 1998, quando os problemas financeiros da Rússia abalaram os mercados emergentes. Muitos banqueiros do Rio de Janeiro trabalhavam com informações privilegiadas nessa época, um deles era Salvatore Cacciola, dono do banco Marka.
Entretanto, o banqueiro desconfiou que seus informantes no BC não contavam tudo o que sabiam. Muito esperto, Cacciola preparou uma armadilha: chamou Luiz Augusto Bragança para uma conversa e ofereceu um serviço de varredura em seus telefones, para saber se estavam grampeados. Bragança que era amigo de Francisco Lopes, presidente do Banco Central na época, não percebeu a malícia e entregou todos os números.
Cacciola grampeou toda a lista e passou a acompanhar as conversas. Descobriu que os informantes privilegiavam o banqueiro André Esteves, do Banco Pactual, e repassavam estratégias a outros dois bancos cariocas.
Em 13 de janeiro de 1999, ocorreu uma maxidesvalorização do real em relação ao dólar. Foi um dia negro para o banco Marka, pois este havia apostado na manutenção da paridade.
O banco ficou insolvente. Havia comprometido vinte vezes seu patrimônio líquido em contratos no mercado futuro de dólar. Cacciola aproveitou o momento e pediu ajuda ao Banco Central, usando de sua influência junto a Luiz Bragança. Disse que se a ajuda não fosse autorizada, divulgaria as fitas do esquema de vazamento.
Assim, a diretoria do BC decidiu realizar a operação. O banco Marka adquiriu dólares das reservas oficiais a preços inferiores aos do mercado. Com isso, os cofres públicos tiveram um prejuízo de 1,5 bilhão. A decisão foi questionada pelos outros bancos e uma CPI foi aberta para apurar o caso.
A CPI dos bancos, como foi chamada, acusou Cacciola de tráfico de influência e crime de gestão temerária. Além da indicação de que não houve cooperação por parte do banqueiro para com as investigações.
Em junho de 2000, Cacciola foi preso pela Polícia Federal. Ficou na cadeia durante 37 dias. Saiu graças a um habeas corpus do ministro Marco Aurélio de Mello. O banqueiro aproveitou a oportunidade e fugiu para a Itália. Nunca mais retornou ao Brasil.
Aos amigos,
a princesa Charlotte de Mônaco,
Marcos André Ceciliano
terça-feira, setembro 11, 2007
Último discurso de Allende...
7:55 A.M. Radio Corporación
Habla el presidente de la República desde el Palacio de La Moneda. Informaciones confirmadas señalan que un sector de la marinería habría aislado Valparaíso y que la ciudad estaría ocupada, lo que significa un levantamiento contra el Gobierno, del Gobierno legítimamente constituido, del Gobierno que está amparado por la ley y la voluntad del ciudadano.
En estas circunstancias, llamo a todos los trabajadores. Que ocupen sus puestos de trabajo, que concurran a sus fábricas, que mantengan la calma y serenidad. Hasta este momento en Santiago no se ha producido ningún movimiento extraordinario de tropas y, según me ha informado el jefe de la Guarnición, Santiago estaría acuartelado y normal.
En todo caso yo estoy aquí, en el Palacio de Gobierno, y me quedaré aquí defendiendo al Gobierno que represento por voluntad del pueblo. Lo que deseo, esencialmente, es que los trabajadores estén atentos, vigilantes y que eviten provocaciones. Como primera etapa tenemos que ver la respuesta, que espero sea positiva, de los soldados de la Patria, que han jurado defender el régimen establecido que es la expresión de la voluntad ciudadana, y que cumplirán con la doctrina que prestigió a Chile y le prestigia el profesionalismo de las Fuerzas Armadas. En estas circunstancias, tengo la certeza de que los soldados sabrán cumplir con su obligación. De todas maneras, el pueblo y los trabajadores, fundamentalmente, deben estar movilizados activamente, pero en sus sitios de trabajo, escuchando el llamado que pueda hacerle y las instrucciones que les dé el compañero presidente de la República.
8:15 A.M.
Trabajadores de Chile:
Les habla el presidente de la República. Las noticias que tenemos hasta estos instantes nos revelan la existencia de una insurrección de la Marina en la Provincia de Valparaíso. He ordenado que las tropas del Ejército se dirijan a Valparaíso para sofocar este intento golpista. Deben esperar la instrucciones que emanan de la Presidencia. Tengan la seguridad de que el Presidente permanecerá en el Palacio de La Moneda defendiendo el Gobierno de los Trabajadores. Tengan la certeza que haré respetar la voluntad del pueblo que me entregara el mando de la nación hasta el 4 de Noviembre de 1976. Deben permanecer atentos en sus sitios de trabajo a la espera de mis informaciones. Las fuerzas leales respetando el juramento hecho a las autoridades, junto a los trabajadores organizados, aplastarán el golpe fascista que amenaza a la Patria.
8:45 A.M.
Compañeros que me escuchan:
La situación es crítica, hacemos frente a un golpe de Estado en que participan la mayoría de las Fuerzas Armadas. En esta hora aciaga quiero recordarles algunas de mis palabras dichas el año 1971, se las digo con calma, con absoluta tranquilidad, yo no tengo pasta de apóstol ni de mesías. No tengo condiciones de mártir, soy un luchador social que cumple una tarea que el pueblo me ha dado. Pero que lo entiendan aquellos que quieren retrotraer la historia y desconocer la voluntad mayoritaria de Chile; sin tener carne de mártir, no daré un paso atrás. Que lo sepan, que lo oigan, que se lo graben profundamente: dejaré La Moneda cuando cumpla el mandato que el pueblo me diera, defenderé esta revolución chilena y defenderé el Gobierno porque es el mandato que el pueblo me ha entregado. No tengo otra alternativa. Sólo acribillándome a balazos podrán impedir la voluntad que es hacer cumplir el programa del pueblo. Si me asesinan, el pueblo seguirá su ruta, seguirá el camino con la diferencia quizás que las cosas serán mucho más duras, mucho más violentas, porque será una lección objetiva muy clara para las masas de que esta gente no se detiene ante nada. Yo tenía contabilizada esta posibilidad, no la ofrezco ni la facilito. El proceso social no va a desaparecer porque desaparece un dirigente. Podrá demorarse, podrá prolongarse, pero a la postre no podrá detenerse. Compañeros, permanezcan atentos a las informaciones en sus sitios de trabajo, que el compañero Presidente no abandonará a su pueblo ni su sitio de trabajo. Permaneceré aquí en La Moneda inclusive a costa de mi propia vida.
9:03 A.M. Radio Magallanes
En estos momentos pasan los aviones. Es posible que nos acribillen. Pero que sepan que aquí estamos, por lo menos con nuestro ejemplo, que en este país hay hombres que saben cumplir con la obligación que tienen. Yo lo haré por mandato del pueblo y por mandato conciente de un Presidente que tiene la dignidad del cargo entregado por su pueblo en elecciones libres y democráticas. En nombre de los más sagrados intereses del pueblo, en nombre de la Patria, los llamo a ustedes para decirles que tengan fe. La historia no se detiene ni con la represión ni con el crimen. Esta es una etapa que será superada. Este es un momento duro y difícil: es posible que nos aplasten. Pero el mañana será del pueblo, será de los trabajadores. La humanidad avanza para la conquista de una vida mejor.
Pagaré con mi vida la defensa de los principios que son caros a esta Patria. Caerá un baldón sobre aquellos que han vulnerado sus compromisos, faltando a su palabra... rota la doctrina de las Fuerzas Armadas.
El pueblo debe estar alerta y vigilante. No debe dejarse provocar, ni debe dejarse masacrar, pero también debe defender sus conquistas. Debe defender el derecho a construir con su esfuerzo una vida digna y mejor.
9:10 A.M. Clique aqui para escutar.
Seguramente ésta será la última oportunidad en que pueda dirigirme a ustedes. La Fuerza Aérea ha bombardeado las torres de Radio Postales y Radio Corporación. Mis palabras no tienen amargura sino decepción Que sean ellas el castigo moral para los que han traicionado el juramento que hicieron: soldados de Chile, comandantes en jefe titulares, el almirante Merino, que se ha autodesignado comandante de la Armada, más el señor Mendoza, general rastrero que sólo ayer manifestara su fidelidad y lealtad al Gobierno, y que también se ha autodenominado Director General de carabineros. Ante estos hechos sólo me cabe decir a los trabajadores: ¡Yo no voy a renunciar!
Colocado en un tránsito histórico, pagaré con mi vida la lealtad del pueblo. Y les digo que tengo la certeza de que la semilla que hemos entregado a la conciencia digna de miles y miles de chilenos, no podrá ser segada definitivamente. Tienen la fuerza, podrán avasallarnos, pero no se detienen los procesos sociales ni con el crimen ni con la fuerza. La historia es nuestra y la hacen los pueblos.
Trabajadores de mi Patria: quiero agradecerles la lealtad que siempre tuvieron, la confianza que depositaron en un hombre que sólo fue intérprete de grandes anhelos de justicia, que empeñó su palabra en que respetaría la Constitución y la ley, y así lo hizo. En este momento definitivo, el último en que yo pueda dirigirme a ustedes, quiero que aprovechen la lección: el capital foráneo, el imperialismo, unidos a la reacción, creó el clima para que las Fuerzas Armadas rompieran su tradición, la que les enseñara el general Schneider y reafirmara el comandante Araya, víctimas del mismo sector social que hoy estará en sus casas esperando con mano ajena reconquistar el poder para seguir defendiendo sus granjerías y sus privilegios.
Me dirijo, sobre todo, a la modesta mujer de nuestra tierra, a la campesina que creyó en nosotros, a la abuela que trabajó más, a la madre que supo de nuestra preocupación por los niños. Me dirijo a los profesionales de la Patria, a los profesionales patriotas que siguieron trabajando contra la sedición auspiciada por los colegios profesionales, colegios de clases para defender también las ventajas de una sociedad capitalista de unos pocos.
Me dirijo a la juventud, a aquellos que cantaron y entregaron su alegría y su espíritu de lucha. Me dirijo al hombre de Chile, al obrero, al campesino, al intelectual, a aquellos que serán perseguidos, porque en nuestro país el fascismo ya estuvo hace muchas horas presente; en los atentados terroristas, volando los puentes, cortando las vías férreas, destruyendo lo oleoductos y los gaseoductos, frente al silencio de quienes tenían la obligación de proceder. Estaban comprometidos. La historia los juzgará.
Seguramente Radio Magallanes será acallada y el metal tranquilo de mi voz ya no llegará a ustedes. No importa. La seguirán oyendo. Siempre estaré junto a ustedes. Por lo menos mi recuerdo será el de un hombre digno que fue leal con la Patria.
El pueblo debe defenderse, pero no sacrificarse. El pueblo no debe dejarse arrasar ni acribillar, pero tampoco puede humillarse.
Trabajadores de mi Patria, tengo fe en Chile y su destino. Superarán otros hombres este momento gris y amargo en el que la traición pretende imponerse. Sigan ustedes sabiendo que, mucho más temprano que tarde, de nuevo se abrirán las grandes alamedas por donde pase el hombre libre, para construir una sociedad mejor.
¡Viva Chile! ¡Viva el pueblo! ¡Vivan los trabajadores!
Estas son mis últimas palabras y tengo la certeza de que mi sacrificio no será en vano, tengo la certeza de que, por lo menos, será una lección moral que castigará la felonía, la cobardía y la traición.
Santiago de Chile
11 de septiembre de 1973
Habla el presidente de la República desde el Palacio de La Moneda. Informaciones confirmadas señalan que un sector de la marinería habría aislado Valparaíso y que la ciudad estaría ocupada, lo que significa un levantamiento contra el Gobierno, del Gobierno legítimamente constituido, del Gobierno que está amparado por la ley y la voluntad del ciudadano.
En estas circunstancias, llamo a todos los trabajadores. Que ocupen sus puestos de trabajo, que concurran a sus fábricas, que mantengan la calma y serenidad. Hasta este momento en Santiago no se ha producido ningún movimiento extraordinario de tropas y, según me ha informado el jefe de la Guarnición, Santiago estaría acuartelado y normal.
En todo caso yo estoy aquí, en el Palacio de Gobierno, y me quedaré aquí defendiendo al Gobierno que represento por voluntad del pueblo. Lo que deseo, esencialmente, es que los trabajadores estén atentos, vigilantes y que eviten provocaciones. Como primera etapa tenemos que ver la respuesta, que espero sea positiva, de los soldados de la Patria, que han jurado defender el régimen establecido que es la expresión de la voluntad ciudadana, y que cumplirán con la doctrina que prestigió a Chile y le prestigia el profesionalismo de las Fuerzas Armadas. En estas circunstancias, tengo la certeza de que los soldados sabrán cumplir con su obligación. De todas maneras, el pueblo y los trabajadores, fundamentalmente, deben estar movilizados activamente, pero en sus sitios de trabajo, escuchando el llamado que pueda hacerle y las instrucciones que les dé el compañero presidente de la República.
8:15 A.M.
Trabajadores de Chile:
Les habla el presidente de la República. Las noticias que tenemos hasta estos instantes nos revelan la existencia de una insurrección de la Marina en la Provincia de Valparaíso. He ordenado que las tropas del Ejército se dirijan a Valparaíso para sofocar este intento golpista. Deben esperar la instrucciones que emanan de la Presidencia. Tengan la seguridad de que el Presidente permanecerá en el Palacio de La Moneda defendiendo el Gobierno de los Trabajadores. Tengan la certeza que haré respetar la voluntad del pueblo que me entregara el mando de la nación hasta el 4 de Noviembre de 1976. Deben permanecer atentos en sus sitios de trabajo a la espera de mis informaciones. Las fuerzas leales respetando el juramento hecho a las autoridades, junto a los trabajadores organizados, aplastarán el golpe fascista que amenaza a la Patria.
8:45 A.M.
Compañeros que me escuchan:
La situación es crítica, hacemos frente a un golpe de Estado en que participan la mayoría de las Fuerzas Armadas. En esta hora aciaga quiero recordarles algunas de mis palabras dichas el año 1971, se las digo con calma, con absoluta tranquilidad, yo no tengo pasta de apóstol ni de mesías. No tengo condiciones de mártir, soy un luchador social que cumple una tarea que el pueblo me ha dado. Pero que lo entiendan aquellos que quieren retrotraer la historia y desconocer la voluntad mayoritaria de Chile; sin tener carne de mártir, no daré un paso atrás. Que lo sepan, que lo oigan, que se lo graben profundamente: dejaré La Moneda cuando cumpla el mandato que el pueblo me diera, defenderé esta revolución chilena y defenderé el Gobierno porque es el mandato que el pueblo me ha entregado. No tengo otra alternativa. Sólo acribillándome a balazos podrán impedir la voluntad que es hacer cumplir el programa del pueblo. Si me asesinan, el pueblo seguirá su ruta, seguirá el camino con la diferencia quizás que las cosas serán mucho más duras, mucho más violentas, porque será una lección objetiva muy clara para las masas de que esta gente no se detiene ante nada. Yo tenía contabilizada esta posibilidad, no la ofrezco ni la facilito. El proceso social no va a desaparecer porque desaparece un dirigente. Podrá demorarse, podrá prolongarse, pero a la postre no podrá detenerse. Compañeros, permanezcan atentos a las informaciones en sus sitios de trabajo, que el compañero Presidente no abandonará a su pueblo ni su sitio de trabajo. Permaneceré aquí en La Moneda inclusive a costa de mi propia vida.
9:03 A.M. Radio Magallanes
En estos momentos pasan los aviones. Es posible que nos acribillen. Pero que sepan que aquí estamos, por lo menos con nuestro ejemplo, que en este país hay hombres que saben cumplir con la obligación que tienen. Yo lo haré por mandato del pueblo y por mandato conciente de un Presidente que tiene la dignidad del cargo entregado por su pueblo en elecciones libres y democráticas. En nombre de los más sagrados intereses del pueblo, en nombre de la Patria, los llamo a ustedes para decirles que tengan fe. La historia no se detiene ni con la represión ni con el crimen. Esta es una etapa que será superada. Este es un momento duro y difícil: es posible que nos aplasten. Pero el mañana será del pueblo, será de los trabajadores. La humanidad avanza para la conquista de una vida mejor.
Pagaré con mi vida la defensa de los principios que son caros a esta Patria. Caerá un baldón sobre aquellos que han vulnerado sus compromisos, faltando a su palabra... rota la doctrina de las Fuerzas Armadas.
El pueblo debe estar alerta y vigilante. No debe dejarse provocar, ni debe dejarse masacrar, pero también debe defender sus conquistas. Debe defender el derecho a construir con su esfuerzo una vida digna y mejor.
9:10 A.M. Clique aqui para escutar.
Seguramente ésta será la última oportunidad en que pueda dirigirme a ustedes. La Fuerza Aérea ha bombardeado las torres de Radio Postales y Radio Corporación. Mis palabras no tienen amargura sino decepción Que sean ellas el castigo moral para los que han traicionado el juramento que hicieron: soldados de Chile, comandantes en jefe titulares, el almirante Merino, que se ha autodesignado comandante de la Armada, más el señor Mendoza, general rastrero que sólo ayer manifestara su fidelidad y lealtad al Gobierno, y que también se ha autodenominado Director General de carabineros. Ante estos hechos sólo me cabe decir a los trabajadores: ¡Yo no voy a renunciar!
Colocado en un tránsito histórico, pagaré con mi vida la lealtad del pueblo. Y les digo que tengo la certeza de que la semilla que hemos entregado a la conciencia digna de miles y miles de chilenos, no podrá ser segada definitivamente. Tienen la fuerza, podrán avasallarnos, pero no se detienen los procesos sociales ni con el crimen ni con la fuerza. La historia es nuestra y la hacen los pueblos.
Trabajadores de mi Patria: quiero agradecerles la lealtad que siempre tuvieron, la confianza que depositaron en un hombre que sólo fue intérprete de grandes anhelos de justicia, que empeñó su palabra en que respetaría la Constitución y la ley, y así lo hizo. En este momento definitivo, el último en que yo pueda dirigirme a ustedes, quiero que aprovechen la lección: el capital foráneo, el imperialismo, unidos a la reacción, creó el clima para que las Fuerzas Armadas rompieran su tradición, la que les enseñara el general Schneider y reafirmara el comandante Araya, víctimas del mismo sector social que hoy estará en sus casas esperando con mano ajena reconquistar el poder para seguir defendiendo sus granjerías y sus privilegios.
Me dirijo, sobre todo, a la modesta mujer de nuestra tierra, a la campesina que creyó en nosotros, a la abuela que trabajó más, a la madre que supo de nuestra preocupación por los niños. Me dirijo a los profesionales de la Patria, a los profesionales patriotas que siguieron trabajando contra la sedición auspiciada por los colegios profesionales, colegios de clases para defender también las ventajas de una sociedad capitalista de unos pocos.
Me dirijo a la juventud, a aquellos que cantaron y entregaron su alegría y su espíritu de lucha. Me dirijo al hombre de Chile, al obrero, al campesino, al intelectual, a aquellos que serán perseguidos, porque en nuestro país el fascismo ya estuvo hace muchas horas presente; en los atentados terroristas, volando los puentes, cortando las vías férreas, destruyendo lo oleoductos y los gaseoductos, frente al silencio de quienes tenían la obligación de proceder. Estaban comprometidos. La historia los juzgará.
Seguramente Radio Magallanes será acallada y el metal tranquilo de mi voz ya no llegará a ustedes. No importa. La seguirán oyendo. Siempre estaré junto a ustedes. Por lo menos mi recuerdo será el de un hombre digno que fue leal con la Patria.
El pueblo debe defenderse, pero no sacrificarse. El pueblo no debe dejarse arrasar ni acribillar, pero tampoco puede humillarse.
Trabajadores de mi Patria, tengo fe en Chile y su destino. Superarán otros hombres este momento gris y amargo en el que la traición pretende imponerse. Sigan ustedes sabiendo que, mucho más temprano que tarde, de nuevo se abrirán las grandes alamedas por donde pase el hombre libre, para construir una sociedad mejor.
¡Viva Chile! ¡Viva el pueblo! ¡Vivan los trabajadores!
Estas son mis últimas palabras y tengo la certeza de que mi sacrificio no será en vano, tengo la certeza de que, por lo menos, será una lección moral que castigará la felonía, la cobardía y la traición.
Santiago de Chile
11 de septiembre de 1973
domingo, setembro 09, 2007
Eu choro o 11 de setembro...
Estou cansado do sensacionalismo da mídia para com o ataque que derrubou as torres gêmeas de Manhattan. Não por falta de sensibilidade à tragédia, mas, por uma questão de justiça histórica.
Todas as democracias deveriam lamentar o 11 de setembro. Não o da potência Americana, mas, o do Chile, ocorrido em 1973. Quando o governo do médico marxista Salvador Allende, eleito pelo voto direto, foi derrubado por um golpe militar.
Esse é um dos episódios mais tristes da história da America Latina. Os golpistas ofereceram a Allende a oportunidade de renunciar e se exilar no exterior. Mas, ele preferiu resistir. Durante horas, tanques e aviões bombardearam o palácio La Moneda. Sessenta guardas presidenciais lutaram bravamente contra o exército de Pinochet. Mas, a derrota era inevitável. O presidente foi assassinado.
A ditadura Chilena durou 17 anos, não um dia. Entre os diversos crimes ocorridos no período, podemos destacar a supressão de liberdades individuais, o fechamento do congresso e diversas execuções extra-judiciais. Então, as perguntas que não querem calar são: Por que a mídia global não chora os milhares de desaparecidos e mortos do Chile? Será que a dor dos filhos da America Latina não merece destaque em seus noticiários?
O vídeo abaixo foi transmitido quando dos 30 anos da operação Colombo. O trecho em questão fala da derrubada do governo Allende. Pablo Milanés canta "Yo pisaré las calles nuevamente", linda música que fala sobre a ditadura no Chile.
Aos amigos,
o abraço e o choro sincero,
Marcos André Ceciliano
Todas as democracias deveriam lamentar o 11 de setembro. Não o da potência Americana, mas, o do Chile, ocorrido em 1973. Quando o governo do médico marxista Salvador Allende, eleito pelo voto direto, foi derrubado por um golpe militar.
Esse é um dos episódios mais tristes da história da America Latina. Os golpistas ofereceram a Allende a oportunidade de renunciar e se exilar no exterior. Mas, ele preferiu resistir. Durante horas, tanques e aviões bombardearam o palácio La Moneda. Sessenta guardas presidenciais lutaram bravamente contra o exército de Pinochet. Mas, a derrota era inevitável. O presidente foi assassinado.
A ditadura Chilena durou 17 anos, não um dia. Entre os diversos crimes ocorridos no período, podemos destacar a supressão de liberdades individuais, o fechamento do congresso e diversas execuções extra-judiciais. Então, as perguntas que não querem calar são: Por que a mídia global não chora os milhares de desaparecidos e mortos do Chile? Será que a dor dos filhos da America Latina não merece destaque em seus noticiários?
O vídeo abaixo foi transmitido quando dos 30 anos da operação Colombo. O trecho em questão fala da derrubada do governo Allende. Pablo Milanés canta "Yo pisaré las calles nuevamente", linda música que fala sobre a ditadura no Chile.
Aos amigos,
o abraço e o choro sincero,
Marcos André Ceciliano
terça-feira, setembro 04, 2007
Hillary ataca... a pessoa errada.
Ontem, assisti ao primeiro vídeo de campanha da pré-candidata democrata Hillary Clinton. O comercial tem o título "Invisível". Nele, a Senadora destaca que muitos cidadãos são "invisíveis" para o governo Bush.
A propaganda é inteligente, muito tocante. Está sendo exibida no estado de Iowa e tem 1 minuto de duração. Disponibilizei o vídeo abaixo:
Hillary começa com a seguinte frase: "Ao viajar pelos Estados Unidos, escuto as histórias de muitas pessoas que dizem se sentir invisíveis para o Governo". Em seguida, entra uma voz masculina dizendo: "Hillary Clinton passou a vida defendendo as pessoas que os demais não enxergam".
O trecho mais interessante é o próximo: "Se sua família está passando por dificuldades e não tem seguro-saúde, é invisível para o presidente. Se você é mãe solteira procurando um serviço barato para cuidar de seu bebê, também é invisível. E nunca pensei que os soldados Americanos no Iraque e no Afeganistão também seriam tratados como se fossem invisíveis".
Hillary acertou contra o governo Bush. Mas, parece ter esquecido do principal: ainda não venceu a convenção do partido democrata. Deveria ter utilizado uma parte do comercial para convencer os filiados. Mesmo porque, a disputa não está nada fácil. Acho que Barack Obama vai ter mais sensibilidade nessa parte. Vamos aguardar...
Aos amigos,
Dona da minha cabeça,
Marcos André Ceciliano
A propaganda é inteligente, muito tocante. Está sendo exibida no estado de Iowa e tem 1 minuto de duração. Disponibilizei o vídeo abaixo:
Hillary começa com a seguinte frase: "Ao viajar pelos Estados Unidos, escuto as histórias de muitas pessoas que dizem se sentir invisíveis para o Governo". Em seguida, entra uma voz masculina dizendo: "Hillary Clinton passou a vida defendendo as pessoas que os demais não enxergam".
O trecho mais interessante é o próximo: "Se sua família está passando por dificuldades e não tem seguro-saúde, é invisível para o presidente. Se você é mãe solteira procurando um serviço barato para cuidar de seu bebê, também é invisível. E nunca pensei que os soldados Americanos no Iraque e no Afeganistão também seriam tratados como se fossem invisíveis".
Hillary acertou contra o governo Bush. Mas, parece ter esquecido do principal: ainda não venceu a convenção do partido democrata. Deveria ter utilizado uma parte do comercial para convencer os filiados. Mesmo porque, a disputa não está nada fácil. Acho que Barack Obama vai ter mais sensibilidade nessa parte. Vamos aguardar...
Aos amigos,
Dona da minha cabeça,
Marcos André Ceciliano
Assinar:
Postagens (Atom)