A morte do menino João Hélio foi lamentável, não há dúvidas. Um crime hediondo, praticado com uma frieza assustadora. Mas, é certo que, além da indignação coletiva, terá outros desdobramentos. Principalmente no campo das leis.
Talvez, por essa razão, foi levado à discussão e votação, na Câmara dos Deputados, um projeto para aumentar o tempo mínimo de prisão que habilita o preso ao direito de progressão de regime.
A legislação atual diz que um preso condenado por crime hediondo precisa cumprir um sexto da pena para ter acesso ao regime semi-aberto. Mas, essa facilitação pode acabar.
O plenário aprovou o projeto em votação simbólica, por unanimidade. Se o mesmo acontecer no Senado, o tempo mínimo passará para dois quintos da pena. E vai adiante, também aumenta o tempo para o reincidente, que agora terá de cumprir três quintos da pena.
O momento mais comovente da votação foi quando o Dep. Abelardo Camarinha encaminhou o voto de sua bancada. Segurando uma placa com a foto de João Hélio e a de seu filho, morto em 14/03/2006, o deputado fez um discurso emocionante.
Seguem abaixo os links para ouvir o discurso:
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Aos amigos,
o velho clamor por justiça,
Marcos André Ceciliano
quarta-feira, fevereiro 14, 2007
Podcast da semana: Primeiro discurso de Manuela
O que é?
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Podcast 14/02/2007
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O problema da demagogia...
Apesar de não gostar da retórica do governador de São Paulo, José Serra, tenho de parabenizá-lo por uma decisão recente: a recompra do avião HS, que pertencia ao estado de São Paulo.
O avião foi vendido por Cláudio Lembo, em 2006. O motivo, no mínimo infame: serviu para que Geraldo Alckmin difundisse uma bravata, uma crítica descabida ao avião presidencial.
Lembro de ter escrito um artigo sobre o comentário do candidato Geraldo Alckmin, segue um trecho do mesmo: "O candidato do PSDB utilizou-se de uma comparação patética, digna do Mainardi, ao dizer que o presidente da França e da Inglaterra não tinham avião próprio. Acho que o médico "intelectual" esqueceu de levar em conta a dimensão dos países comparados. Faltou alguém dizer a ele que a França e a Inglaterra cabem dentro de São Paulo."
Fui adiante, e expliquei a razão do governo tê-lo comprado e não alugado: "Com a média do número de viagens de Fernando Henrique e do presidente Lula, o que foi gasto com o novo avião vai estar pago em dez anos. Seu tempo de vida útil é de 30 anos. Ou seja, foi um ótimo negócio para os cofres públicos... Além disso, os deslocamentos presidenciais poderiam ficar mais caros, a longo prazo. Segundo dados da Aeronáutica, o aluguel de um avião privado para o transporte do presidente no governo FHC custava US$ 12 mil por hora voada, contra US$ 2.100 no uso do AeroLula."
Felizmente, o governador de São Paulo percebeu o equívoco de seu antecessor e efetuou a recompra do avião. Uma atitude louvável, digna de um governante preocupado com os custos do Estado. Parabéns!
Aos amigos,
a comissão de urbanização,
Marcos André Ceciliano
O avião foi vendido por Cláudio Lembo, em 2006. O motivo, no mínimo infame: serviu para que Geraldo Alckmin difundisse uma bravata, uma crítica descabida ao avião presidencial.
Lembro de ter escrito um artigo sobre o comentário do candidato Geraldo Alckmin, segue um trecho do mesmo: "O candidato do PSDB utilizou-se de uma comparação patética, digna do Mainardi, ao dizer que o presidente da França e da Inglaterra não tinham avião próprio. Acho que o médico "intelectual" esqueceu de levar em conta a dimensão dos países comparados. Faltou alguém dizer a ele que a França e a Inglaterra cabem dentro de São Paulo."
Fui adiante, e expliquei a razão do governo tê-lo comprado e não alugado: "Com a média do número de viagens de Fernando Henrique e do presidente Lula, o que foi gasto com o novo avião vai estar pago em dez anos. Seu tempo de vida útil é de 30 anos. Ou seja, foi um ótimo negócio para os cofres públicos... Além disso, os deslocamentos presidenciais poderiam ficar mais caros, a longo prazo. Segundo dados da Aeronáutica, o aluguel de um avião privado para o transporte do presidente no governo FHC custava US$ 12 mil por hora voada, contra US$ 2.100 no uso do AeroLula."
Felizmente, o governador de São Paulo percebeu o equívoco de seu antecessor e efetuou a recompra do avião. Uma atitude louvável, digna de um governante preocupado com os custos do Estado. Parabéns!
Aos amigos,
a comissão de urbanização,
Marcos André Ceciliano
Congresso: diversão garantida
Ontem, assisti a votação dos destaques da Super-Receita na câmara dos deputados. Quanto a matéria, tudo ocorreu como previsto. Mas, como sempre, a atitude de alguns deputados foi um show à parte.
A começar pelo questionamento da Deputada Nice Lobão, que reivindicou horário de almoço. Segundo ela, estava trabalhando a 3 horas e 25 minutos e precisava se reestabelecer. Nesse momento, muitos foram os risos que ecoaram pelo plenário. A resposta do presidente Chinaglia foi contundente, disse que a sessão extraordinária foi um acordo de líderes e que não poderia interrompê-la.
O deputado Sandro Mabel aproveitou a deixa para fazer marketing. Com um sorriso estampado no rosto, disse que poderia resolver o problema pedindo para que sua assessoria distribuísse biscoitos Mabel para todos os colegas parlamentares.
Muitas outras discussões calorosas renderam risos. Mas, uma das mais engraçadas ocorreu no término da sessão. Percebendo que o horário já havia ultrapassado em duas horas o previsto, o presidente da casa decidiu encerrar os trabalhos.
Entretanto, 20 deputados inscritos não chegaram a subir na tribuna. O Dep. Mauro Nazif questionou a atitude de Chinaglia e recebeu uma resposta não muito educada. E pior, sem direito a réplica. Algo não muito democrático.
Uma frustação na sessão de hoje: esperava ouvir o primeiro discurso da Dep. Manuela d'Ávila, mas, não foi dessa vez. Espero que aconteça amanhã.
Aos amigos,
Norah Jones,
Marcos André Ceciliano
A começar pelo questionamento da Deputada Nice Lobão, que reivindicou horário de almoço. Segundo ela, estava trabalhando a 3 horas e 25 minutos e precisava se reestabelecer. Nesse momento, muitos foram os risos que ecoaram pelo plenário. A resposta do presidente Chinaglia foi contundente, disse que a sessão extraordinária foi um acordo de líderes e que não poderia interrompê-la.
O deputado Sandro Mabel aproveitou a deixa para fazer marketing. Com um sorriso estampado no rosto, disse que poderia resolver o problema pedindo para que sua assessoria distribuísse biscoitos Mabel para todos os colegas parlamentares.
Muitas outras discussões calorosas renderam risos. Mas, uma das mais engraçadas ocorreu no término da sessão. Percebendo que o horário já havia ultrapassado em duas horas o previsto, o presidente da casa decidiu encerrar os trabalhos.
Entretanto, 20 deputados inscritos não chegaram a subir na tribuna. O Dep. Mauro Nazif questionou a atitude de Chinaglia e recebeu uma resposta não muito educada. E pior, sem direito a réplica. Algo não muito democrático.
Uma frustação na sessão de hoje: esperava ouvir o primeiro discurso da Dep. Manuela d'Ávila, mas, não foi dessa vez. Espero que aconteça amanhã.
Aos amigos,
Norah Jones,
Marcos André Ceciliano
terça-feira, fevereiro 13, 2007
E os juros ao consumidor?
Estou cansado da discussão sobre o acesso ao crédito no Brasil. Além de pouco funcional, é imbuída de muita hipocrisia.
Nos últimos anos, a Selic sofreu uma redução considerável, que não foi acompanhada pelas taxas praticadas pelos bancos. Ou seja, formou-se um grande cartel neste setor, do qual as instituições públicas também fazem parte.
Mas, não é de se estranhar que os maiores patrocinadores de campanhas eleitorais no Brasil sejam as instituições financeiras. Afinal, as decisões governamentais são a determinante maior de seus lucros. O triste é perceber que essa relação espúria é um entrave ao crescimento econômico.
A solução para o problema dos altos juros ao consumidor é simples: concorrência. Se os bancos públicos baixarem as taxas, os privados terão de fazer o mesmo. É uma saída coerente, que pode ser executada pela Presidência da República. Mas, talvez, o governo Lula não esteja pronto para enfrentar os custos políticos de tal decisão. Vamos esperar!
Aos amigos,
Alvorada no morro,
Marcos André Ceciliano
Nos últimos anos, a Selic sofreu uma redução considerável, que não foi acompanhada pelas taxas praticadas pelos bancos. Ou seja, formou-se um grande cartel neste setor, do qual as instituições públicas também fazem parte.
Mas, não é de se estranhar que os maiores patrocinadores de campanhas eleitorais no Brasil sejam as instituições financeiras. Afinal, as decisões governamentais são a determinante maior de seus lucros. O triste é perceber que essa relação espúria é um entrave ao crescimento econômico.
A solução para o problema dos altos juros ao consumidor é simples: concorrência. Se os bancos públicos baixarem as taxas, os privados terão de fazer o mesmo. É uma saída coerente, que pode ser executada pela Presidência da República. Mas, talvez, o governo Lula não esteja pronto para enfrentar os custos políticos de tal decisão. Vamos esperar!
Aos amigos,
Alvorada no morro,
Marcos André Ceciliano
Poder nas mãos dos sindicatos
O que está acontecendo em Frankfurt? O presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, anda dizendo que os aumentos de salários, advindos das barganhas de acordos coletivos na área do Euro, podem gerar um aumento das taxas de juros. Está correto! Ele está basicamente avisando aos sindicatos: “Amigos, a política monetária está em suas mãos agora!".
Trichet disse que se os sindicatos aumentarem os salários mais que 6,5%, a política de juros terá de ser revista. Sempre escutamos os tecnocratas dos BC's reclamando de deputados e senadores que tomam decisões erradas sobre taxas e gastos. Mas, essa é a primeira vez que vejo um Banco Central colocando a responsabilidade nas mãos de um pequeno grupo de não políticos.
A pergunta que fica é a seguinte: Estaria Trichet tomando parte na disputa entre trabalhadores e empregadores? Bom, se não tivesse se pronunciado, provavelmente, os salários saltariam. Por conseguinte, os juros seriam aumentados e a área de moeda comum poderia entrar em recessão.
Ao se manifestar, trouxe à discussão uma alternativa a ser considerada. Além do que, em seu domínio, os acordos coletivos voltaram a ter a força do passado, até mesmo contra a lógica macroeconomica. De certa forma, seus integrantes tem sorte, já que podem controlar o próprio destino.
Aos amigos,
Odara,
Marcos André Ceciliano
Trichet disse que se os sindicatos aumentarem os salários mais que 6,5%, a política de juros terá de ser revista. Sempre escutamos os tecnocratas dos BC's reclamando de deputados e senadores que tomam decisões erradas sobre taxas e gastos. Mas, essa é a primeira vez que vejo um Banco Central colocando a responsabilidade nas mãos de um pequeno grupo de não políticos.
A pergunta que fica é a seguinte: Estaria Trichet tomando parte na disputa entre trabalhadores e empregadores? Bom, se não tivesse se pronunciado, provavelmente, os salários saltariam. Por conseguinte, os juros seriam aumentados e a área de moeda comum poderia entrar em recessão.
Ao se manifestar, trouxe à discussão uma alternativa a ser considerada. Além do que, em seu domínio, os acordos coletivos voltaram a ter a força do passado, até mesmo contra a lógica macroeconomica. De certa forma, seus integrantes tem sorte, já que podem controlar o próprio destino.
Aos amigos,
Odara,
Marcos André Ceciliano
Apenas uma letra...
Ao ler o New York Times hoje, encontrei algo incomum: na parte de Cartoons, o quadrinho de Tom Toles era uma crítica ao governo Bush:
A idéia de Toles é evidenciar que estão se utilizando do discurso que foi feito contra o Iraq para a invasão do Iran. O que não deixa de ser verdade!
Basta assitirmos a C-Span para percebermos que os pronunciamentos dos Deputados Republicanos caminham para essa direção.
Aos amigos,
Not too late,
Marcos André Ceciliano
A idéia de Toles é evidenciar que estão se utilizando do discurso que foi feito contra o Iraq para a invasão do Iran. O que não deixa de ser verdade!
Basta assitirmos a C-Span para percebermos que os pronunciamentos dos Deputados Republicanos caminham para essa direção.
Aos amigos,
Not too late,
Marcos André Ceciliano
quinta-feira, fevereiro 01, 2007
Muitas razões para amar Marisa...
A semana precisava de algo relaxante. Desde segunda, estou vivendo um verdadeiro inferno astral. Encontrei alguma paz na música. Na verdade, em um álbum que há muito não escutava, "Verde, Amarelo, Anil, Cor-De-Rosa e Carvão", da Marisa Monte.
Definitivamente, o melhor de sua carreira. Não existem muitas palavras para descrever a beleza dos acordes e a leveza de sua voz. São únicos, como Marisa.
É um desses discos que não esquecemos. A simplicidade de suas composições é a garantia de seu sucesso. Toda a discografia de Marisa é maravilhosa. Suas músicas são relaxantes, reflexivas, enfim, apaixonantes.
Seus álbuns superam fronteiras e diferenças culturais. O sucesso no exterior é surpreendente. Em NY, a casa de shows Beacon Theatre lotou em todas as apresentações. Os ingressos estavam esgotados dois meses antes. No mercado negro, o bilhete custava US$ 600,00.
O vídeo acima é um dos mais belos da cantora. A música "diariamente" é de uma delicadeza incomparável. Funciona em uma dinâmica maravilhosa, com uma sucessão de perguntas e respostas, que respeita métrica e rima. É de uma complexidade absurda, mas, com Marisa parece muito fácil.
Aos amigos,
aquele par de olhos mansos,
Marcos André Ceciliano
Definitivamente, o melhor de sua carreira. Não existem muitas palavras para descrever a beleza dos acordes e a leveza de sua voz. São únicos, como Marisa.
É um desses discos que não esquecemos. A simplicidade de suas composições é a garantia de seu sucesso. Toda a discografia de Marisa é maravilhosa. Suas músicas são relaxantes, reflexivas, enfim, apaixonantes.
Seus álbuns superam fronteiras e diferenças culturais. O sucesso no exterior é surpreendente. Em NY, a casa de shows Beacon Theatre lotou em todas as apresentações. Os ingressos estavam esgotados dois meses antes. No mercado negro, o bilhete custava US$ 600,00.
O vídeo acima é um dos mais belos da cantora. A música "diariamente" é de uma delicadeza incomparável. Funciona em uma dinâmica maravilhosa, com uma sucessão de perguntas e respostas, que respeita métrica e rima. É de uma complexidade absurda, mas, com Marisa parece muito fácil.
Aos amigos,
aquele par de olhos mansos,
Marcos André Ceciliano
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