Bom, há muito não escrevo com tanta regularidade. A falta de tempo, em decorrência da campanha eleitoral, foi a razão da minha ausência. Mas, como a convenção do partido ocorrerá apenas em maio de 2008, estou de volta com textos sobre economia e política.
Lembro de ter comentado há algum tempo sobre a crise de energia que se instalou no Leste Europeu. Desde então, muitos países procuram uma solução para não enfrentarem ineficiências em suas matrizes energéticas.
Pode parecer absurdo, mas os países da Europa mais próximos a mãe do petróleo e gás - Russia - estão aderindo cada vez mais a energia eólica, como foi publicado hoje na matéria de Kimberly Conniff Taber. São muitas as vantagens desse tipo de energia frente aos combustíveis fósseis.
A primeira está na questão do supply, que é estável. Afinal, ninguém pode cortar o fornecimento de ventos. Há muito, a Russia tem utilizado suas fontes de gás e petróleo como força de barganha em negociações políticas, cortando o fornecimento quando Moscow não está satisfeita com as decisões de alguns países vizinhos. Esse tipo de pressão deixa de existir com a instalação do sistema eólico.
Segundo, o preço de gerar energia eólica hoje é o mesmo de amanhã, não existindo a volatilidade de um mercado internacional formado por um cartel. Já no caso do petróleo, as economias do mundo inteiro pagam os gaps no preço do barril oriundos de uma guerra no Oriente Médio.
Há 5 meses, recebi a visita de um prefeito Italiano em Paracambi. Foi muito proveitosa! Não apenas por praticar um pouco do meu Italiano, mas, por me informar sobre as políticas de energia daquele país. Daniele Filizola, além de exercer cargo no executivo, é proprietário de uma empresa de energia em Roma.
Segundo ele, o governo Italiano dá vários subsídios para os municípios que decidem investir em fontes de energia alternativas, como a eólica. Essa é uma diretriz nacional que busca diversificar a matriz energética Italiana, com o intuito reduzir a dependência do petróleo.
O único concorrente da energia eólica no Leste Europeu é o carvão. Mas, há uma explicação simpes: esse combustível continua muito barato. Entretanto, tem a desvantagem de ser um poluente potencial, o que gera custos na hora de pagar a conta de reduções de emissões. E qual é o governo Europeu que quer brigar com os grupos verdes? É a pergunta que fica.
Aos amigos,
risos aos meus detratores,
Marcos André Ceciliano
Um comentário:
Lembro da crise de que fala. Foi quando a Gazprom parou de fornecer gás para três países que não queriam aderir a algumas imposições de reajuste de preços.
Parabéns pelo texto, Ceciliano!
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