terça-feira, junho 19, 2007

Carta aberta aos filiados

Os bastidores de uma convenção

O Jornal Integração publicou em suas duas últimas edições uma falácia. Segundo o periódico, o Professor Tarciso seria o candidato de consenso do Partido dos Trabalhadores no município de Paracambi.

É mentira! De acordo com o calendário instituído pela Executiva Nacional, as primárias do partido ocorrerão apenas em maio de 2008. E enquanto existir mais de um pré-candidato, não há campanha oficial. A executiva municipal não tem poderes para determinar candidatos. Felizmente, apenas os filiados podem decidir tal questão.

Procurei o Sr. Geraldo Pançardes, responsável pelo Jornal Integração. Segundo ele, a matéria foi publicada a partir de uma entrevista realizada com o outro pré-candidato. De acordo com a lei jornalística, publicar uma matéria sem comprovar a veracidade dos fatos e prejudicar outrem nesse processo, gera direito de resposta. Recebi do Sr. Geraldo a garantia de que publicaria uma carta explicando o episódio.

Mas, irei além. O que aconteceu dentro do partido merece uma explicação mais geral. Não ficarei satisfeito em apenas desmistificar esse “mal entendido”. Embora, o outro candidato não seja nem merecedor do eufemismo por conta da mentira. Explicarei o processo desde o início, para que não restem dúvidas. Acho que a democracia é fortalecida quando os bastidores do poder tornam-se públicos, como no caso Collor.

Sempre manifestei a vontade de ser candidato e dar continuidade ao trabalho do meu tio. Não por acreditar em um fator aristocrático da política, em um caráter hereditário. Mas, por estar ciente de que, mesmo muito jovem, conheço todos os fundos, processos e procedimentos administrativos da prefeitura. E na ausência de outro nome, muitos consideram um “Ceciliano” a via com mais chances.

Meu tio sempre foi reticente pelo fato de ser muito jovem, acreditava que haveria uma rejeição natural a isso. Sinceramente, o outro pré-candidato apresenta um histórico que pode gerar rejeições muito maiores que essa. Mas, não estou aqui para discutir isso.

Até maio desse ano, o candidato do PT seria o Dr. Evandro. Não por escolha interna, mas, por um acordo firmado na campanha de 2004. O professor Tarciso estava criando muitos problemas por conta disso. Ameaçou travar o processo e até mesmo lançar candidatura paralela, através do PSOL. Por uma questão de amizade e acreditando na não desistência do Dr. Evandro, André sucumbiu a uma proposta do Professor. O pedido foi: “André, se o Dr. Evandro desistir você me apóia?”.

No dia seguinte a essa conversa, meu tio conversou comigo e contou o ocorrido. Perguntei a ele como ficaria nessa história. Ele disse: “Não se preocupe. Dizer que o apóio não é torná-lo candidato. Ainda assim, ele terá que vencer a convenção. E muitas pessoas não o querem dentro do partido. Se você trabalhar na base, conseguirá sagrar-se vencedor e será o candidato com meu apoio.”.

Para deixar tudo muito claro, repliquei: “Então, o processo será justo e isento? Você não irá intervir a favor dele?”. Ao que ele respondeu: “Não, direi que ele tem meu apoio. Mas, ele tem que conseguir a maioria sozinho.”.

A partir dessa garantia, resolvi entrar no processo. Na primeira plenária, lancei minha candidatura e comecei a correr atrás de apoio. Trouxe pessoas importantes para o meu lado, significantes dentro do partido. Como o vereador Gaguinho, Erivelton, Levi, Quequeba, Norival Goveia, entre outras. Pessoas que estão em contato direto com a base de filiados. Na última contagem, vencia a convenção com uma larga diferença. Atingia 74% dos votos válidos, o que me tornava praticamente invencível.

Só uma pessoa poderia me derrotar no processo: André Ceciliano. Foi quando comecei a ver uma movimentação de “choro de perdedor” e fiquei com medo de que meu tio se sensibilizasse e intervisse pelo amigo. Não por acreditar na candidatura, mas, por entender o que representaria uma derrota como essa para alguém naquela idade. Foi quando ele me procurou para dizer que eu deveria desistir da candidatura. Entretanto, não me apresentou nenhum argumento válido para tanto. Quando disse que não poderia fazê-lo, ele retrucou dizendo que iria intervir a favor do Tarciso no processo. Eu disse: Tudo bem! Mas, tenha a certeza de que estará cometendo uma covardia.

Uma coisa é disputar com o professor Tarciso, dono do Alcance, outra, é disputar com André Ceciliano, prefeito de Paracambi. Para o segundo, eu perco de 10 a 0. E com orgulho, porque sei que é alguém que amo, admiro e respeito muito.

O que aconteceu, desde então, foi o esvaziamento da minha campanha. Todas as pessoas que estavam comigo e exerciam cargos no governo foram forçadas a apoiar o professor. Não fui procurado para dar entrevistas ao Globo Baixada e não fizeram pesquisa induzida com meu nome. Tive que saber da minha citação através da pesquisa de um candidato de oposição. E, mesmo não possuindo curso pré-vestibular e nunca tendo dado aula para ninguém, fiquei 3 pontos percentuais à frente do Prof. Tarciso.

Minha postura é clara: não vou desistir do processo, não posso aceitar tal pressão. A prerrogativa da faixa etária não é aceitável, vão ter que provar que o outro é mais capaz, que possui mais chances. Vou fazer valer a democracia e me utilizar de todos os recursos legais para tanto.

Ultimamente, certas pessoas estão dizendo que o Prof. é o “candidato do governo”. Acho que ainda não perceberam a ilegalidade de tal afirmação. Governo é maquina pública, que é dinheiro do povo. E não se pode fazer política partidária com o dinheiro do povo. Acho que deveriam repensar esse conceito, vão acabar incorrendo em um crime eleitoral.

Não posso aceitar que alguém queira vencer um processo democrático no grito, ainda mais dentro do PT. Os filiados têm o direito de escolher avaliando as propostas. Fazê-los engolir uma indicação é um crime, além de totalmente antiético. Quem não consegue vencer uma convenção, não pode disputar o pleito. Pelo simples fato de não possuir aceitação real dentro da base. Sinceramente, não sei como alguém pode dormir tranqüilo sabendo que vencerá um processo porque forçaram a desistência dos outros candidatos. Não vejo muita dignidade nessa atitude.

Em resumo, gostaria de ratificar a toda a população e filiados minha pré-candidatura, dizer que acredito no crescimento do município e na continuidade dos projetos. Não desistirei, apesar de tudo o que possam dizer e publicar. A juventude está cansada de assistir de arquibancada o jogo do poder. Estamos aqui para contribuir, mudar o quadro nacional e trazer mais dignidade e ideal para a política. Meu tio é um político jovem, sei que entende minha posição. Gostaria de reforçar a idéia de que estamos em um processo democrático e que esse preceito deveria ser respeitado, independente dos egos ou vaidades.

Meu nome é Marcos André Ceciliano, amo minha cidade e sou pré-candidato a prefeito pelo Partido dos Trabalhadores.

Sem medo de ser feliz!

15 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns, Marcos!

Essa era a resposta que esperávamos. Você tem toda razão! Um processo desse tem que ser decidido com votação.

Estamos com você! A juventude tem que se unir.

Anônimo disse...

Quem o Tarciso está achando que é? Pensa que pode fazer todo mundo aceitar a candidatura dele. Eu sempre votei no André... Mas, se o candidato não for o Marcos, vou fazer campanha para o Eliton!

Não dá para entender o André. Tá com tudo na mão para fazer o sucessor e faz uma burrada dessas.

Anônimo disse...

Querem calar a juventude! Não vamos deixar... Vamos nos unir e apoiar o Marcos André.
Temos o poder de mudar as coisas...

Nunca gostei do Tarciso, agora gosto menos. Que cara covarde! Quer ganhar as coisas na marra.

Marcos, mais uma vez provando que tem coragem e competência

Anônimo disse...

Marcos, você está no caminho certo. É hora de mudar.....
Já deu pra perceber que o povo quer mudanças e nada melhor que pessoas jovens para isso...
Estou com você.

Anônimo disse...

Concordo com a Márcia do post de cima. Eu quero um jovem no poder, essa é uma demanda do país.
Nada contra o Prof., mas, ele não é candidato a nada. Não tem perfil, nem histórico para isso

Unknown disse...

Quando conheci Marcos André Cecilliano percebi que era uma pessoa de boa índole e muito determinado a conseguir o que quer.
Agora sei realmente o que ele quer e não abrirá mão disso! Ainda mais desta forma sem nenhum conceito democrático, como publicou o Jornal Integração, a democracia está indignada!
Eu sempre estive com você André Cecilliano, mas se tiver que ser assim desta vez vou estar com outro Cecilliano que se chama Marcos André.
A juventude está com você meu amigo.
George Araújo.

Anônimo disse...

Marcos André Ceciliano, o destemido!

A cada dia que passa fico mais fã desse cara. Leiam isso! Está tudo aqui... Esse é o quadro municipal. Eu quero o Marcos no Poder!

Marcos André Ceciliano disse...

Já que sou proprietário da comunidade e moderador dos comentários, gostaria de explicar as razões para excluir os comentários do Erick e do José Roberto.

O primeiro fazia uma leitura equivocada do texto e apresentava uma profunda falta de conhecimento e respeito para com minhas argumentações. Era um comentário subjetivo e tendencioso, sem embasamento. O segundo, era uma provocação vazia ao autor do primeiro.

Por essa razão, os dois foram apagados!

Anônimo disse...

Acho que não tem nada de mais no texto. É a descrição de um processo político, nada mais. Nada novo! Tudo o que está em "Bastidores de uma convenção" acontece em todos os partidos. Existem caciques e falta de democracia interna em todos os partidos. Esse é o problema da lista fechada. Vai tirar o direito do cidadão se candidatar a cargos eletivos. Porque, quem vai mandar serão os caciques. Quanto a escolha do candidato, acho que os dois nomes são prematuros. O Tarciso por não ter expressão política. E o Marcos por ser muito novo.

Mas, entre o dois, escolho o do jovem. É uma rejeição melhor de se trabalhar, ainda mais se tiver parceria com o Murilo Leal.

Anônimo disse...

Concordo com o Ricardo Farias. Conheço o Prof. Tarciso, já estudei no Alcance e digo que ele não tem a imagem do sucesso do curso. Se fosse um prof. como o Richard ou o Bruno, seria válida a candidatura. Pois são pessoas carismaticas. O Tarciso sempre foi muito estranho, é o tipo de cara que cospe dentro da sala de aula, xinga palavrão. Não tem perfil.

Entre os dois, prefiro o Marcos. Apesar de achar que existem outros nomes com maior aceitação. Como o do Erivelton, muito aceito em Lages. Só não dá para meter um Edinho, porque aí é suicidio eleitoral.

Anônimo disse...

Num outro post você fala que o Murilo vem pelo PMDB.
E o Werneck, está fora do páreo?

Anônimo disse...

Fiquei sabendo na rua que você vai vir candidato na chapa do Flavio. É verdade?
Pelo que você fala do PT, é o melhor que você tem a fazer.
Estou contigo.

Unknown disse...

Marcos ANDRE, com todo o respeito; o professor TArcísio e um homem vencedor sim. Ele lutou para fundar um curso em paracambi onde ninguém acreditava no sucesso daquele curso.Além disso, ele sempre defendeu a educação e ajudou na evolução de muitas pessoas aqui na cidade.Certos comentários como o do CARLOS RAFAEL, são infudados, pq ele não fala que o EX-GOVERNADOR GAROTINHO FOI CONTRA o arco-rodoviário aqui na baixada é agora está apoiando um certo candidato ao invés de criticar um homem probo como o PROFESSOR TARCISIO.O PT tem que está unido pela educação e um professor sendo candidato tem mais a ver com a proposta ideológica.

Marcos André Ceciliano disse...

Bom, eu tinha dado um basta nessa história. No entanto, os comentários continuam a surgir.

Gostaria de esclarecer algo ao amigo Rafael, que postou acima.

Caro Rafael, nunca disse que o professor Tarciso não é um vencedor. Isso é algo que me chateia bastante. Criaram um ressentimento, uma raiva que não existe da minha parte. E caso perguntem minha opinião, algo que não aconteceu até agora, tenha certeza de que direi que o considero um vencedor em sua vida profissional. Mesmo porque, esse é o meu sentimento.

No entanto, a malícia das pessoas ao comentarem aqui é algo que me assusta. Qualquer um com um mínimo de lucidez, perceberia que não faço, em momento algum, um ataque ao professor em meu texto. Apenas questiono a falta de democracia no processo de pré-convenção, que tentamos realizar em 2007. Nada além disso.

Eu descrevi algo que aconteceu, nos mínimos detalhes. Não poupei personagem algum, nem meu tio. A verdade daquele momento está apresentada no texto.

Muita coisa aconteceu depois disso. O cenário hoje é outro. E prefiro não emitir opiniões sobre o mesmo. Para falar a verdade, essa questão já não me importa.

Abraços a todos!

roger21 disse...

FIK TRANQUILO MARCOS ANDRÉ...
O 12 VEM AI P SE FAZER JUSTIÇA...
ALÔ ALÔ GENTE BONITA DE PARACAMBI A ELEIÇÃO AINDA NÃO ACABOU
AGUARDEM!!!
RÓGER SILVA