Em meio a tantas notícias que permeiam os períodicos brasileiros, uma passou despercebida: o fim prematuro da CPI da Anatel. Mas, tudo bem! Afinal, estamos no Brasil. A população e a grande mídia parecem mais preocupadas com os preparativos para os jogos do Pan e as fofocas do caso Renan Calheiros.
Interessante é o fato de que a CPI terminou sem relatório, votações e, para o espanto da maioria, sem reuniões. Isso mesmo! A comissão deu início aos trabalhos na terça-feira(19) e foi finalizada nesta quinta(21). Um processo burocrático foi o responsável por essa curta trajetória. Segundo o secretário-geral da Câmara, Mozart Vianna, houve uma falha na conferência das assinaturas.
Tudo aconteceu por causa de Diógenes Basegio, que permaneceu como deputado até 17 de abril, enquanto suplente de Enio Bacci (PDT-RS) e não poderia ter sua assinatura no pedido de CPI quando este foi protocolado, em 30 de maio. Como o pedido atingia apenas o mínimo de 171 assinaturas, a perda de uma única foi suficiente para seu arquivamento.
Para os que desconhecem o objetivo da supracitada CPI, ela pretendia investigar os contratos celebrados entre a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e as empresas de outorgatárias dos serviços públicos na área de telefonia móvel e fixa, no período de 1997 a 2007.
A pergunta que não quer calar: Por que as CPI's que podem gerar relatórios significativos sempre são abafadas?
Aos amigos,
"Que será" do Chico Buarque,
Marcos André Ceciliano
Um comentário:
Muito bom! Com certeza tinha muita gente com culpa no cartório.
"Que será" é a versão em espanhol de "O que será", né?
Esse Ceciliano é pura cultura! Ahahahahaha
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